Região na Itália obtém financiamento para apoiar a cadeia de abastecimento de fibra de cânhamo

Região italiana impulsiona inovação verde com financiamento significativo, fortalecendo o compromisso com práticas agrícolas sustentáveis ​​e pesquisa de fibras naturais

Publicada em 22/11/2023

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Por Tylla Lima com informações de Hemp Today

A região setentrional da Itália, Emilia-Romagna, destinou uma soma substancial de 500.000 euros para promover o crescimento de uma cadeia de abastecimento industrial local, técnicas na competências do cânhamo, com ênfase nos setores de materiais de construção e têxteis.

Segundo o Pro Canapa, comitê líder das iniciativas de cânhamo na região, este investimento estratégico em cânhamo e fibras naturais proporcionará uma visão promissora para o futuro. O grupo afirma que tal financiamento desempenhará um papel crucial na construção de setores de construção e moda mais ecologicamente conscientes.

A Emília-Romanha tem se destacado como pioneira em práticas agrícolas sustentáveis, concentrando-se na agricultura orgânica e na mitigação do impacto ambiental. A região abriga uma série de fazendas inovadoras que empregam tecnologias avançadas para aprimorar a eficiência e reduzir a pegada de carbono.

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Este projeto de cadeia de abastecimento do cânhamo envolve estudantes, empresários, universidades e outras instituições. Os planos abrangem desde o desenvolvimento e testes de um biorreator industrial para a remoção de fibra de cânhamo até a construção de um pavilhão inovador em tijolos de cânhamo, sujeito ao rigoroso monitoramento de eficiência energética e desempenho em diversas condições ambientais.

Além disso, o projeto inclui o design e a produção de amostras de roupas de cânhamo por meio de programas educacionais fornecidos pelo Instituto Vallauri, uma escola técnica de ensino médio, bem como iniciativas de pesquisa adicionais sobre as diversas aplicações das fibras de cânhamo em instituições de ensino . Este compromisso coletivo visa contribuir para a sustentabilidade e a inovação na região e além.

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A situação jurídica precária em que se encontra a prescrição médica de cannabis para uso veterinário no Brasil 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) – agência reguladora vinculada ao Ministério da Saúde, responsável pelo registro de medicamentos para uso humano no País – incluiu a Cannabis sativa (Cannabis) como planta medicinal na Lista Completa de Denominações Comuns Brasileiras (DCB) em 2017. 

No entanto, os produtos de Cannabis não se encaixavam em nenhuma das categorias previstas na Lei Nº 6.360/1976, que “dispõe sobre a Vigilância Sanitária a que ficam sujeitos os medicamentos, as drogas, os insumos farmacêuticos e correlatos, cosméticos, saneantes e outros produtos”. Desta forma, em 2019 foi necessário que uma nova categoria fosse criada, através da Resolução da Diretoria Colegiada da ANVISA (RDC327) para inclusão da Cannabis. 

A RDC327 dispõe sobre os procedimentos para a concessão da Autorização Sanitária para a fabricação e a importação, bem como estabelece requisitos para a comercialização, prescrição, a dispensação, o monitoramento e a fiscalização de produtos de Cannabis para fins medicinais. Em seu artigo 13 é dito que a prescrição dos produtos de Cannabis é restrita aos profissionais médicos legalmente habilitados pelo Conselho Federal de Medicina, o que pareceria inibir, assim, a prescrição por outros profissionais da saúde, como médicos veterinários, por exemplo.