Você conhece o fenômeno da grande resignação nos EUA?

Como o mercado da cannabis pode contribuir com o bem estar e a qualidade de vida das pessoas que buscam um novo emprego?

Publicada em 08/07/2022

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Por Cintia Vernalha

Nos últimos meses, mais de 4 milhões de americanos, mensalmente, deixaram seus empregos voluntariamente, em um fenômeno que ganhou nome próprio: Great Resignation (“Grande Debandada”). 

Trata-se de um exército de trabalhadores urbanos, em sua maioria abaixo dos 30 anos, que está em busca de empregos mais alinhados com o seu propósito de vida e com relações profissionais e sociais mais saudáveis.

Em um primeiro momento, podemos pensar que é muito mais fácil que isso aconteça em um país em que o índice de desemprego está na casa dos 3,6%. No Brasil, o desemprego atinge hoje 11 milhões de pessoas e, apesar de estar em queda, a taxa de desemprego ainda está em torno de 9,4%.

Mas o Brasil também vive sua grande debandada. Todos os meses, segundo o Cadastro Nacional de Empregados (Caged), quase 600 mil trabalhadores jogam seus crachás pela janela e dão fim ao emprego que tinham, por escolha própria. E os principais motivadores são: mudar-se para um ambiente de trabalho mais saudável, dar um upgrade na qualidade de vida e ter uma maior realização profissional.

Mas o que o mercado da cannabis tem a ver com tudo isso?

De acordo com o último Leafly Jobs Report, mais de 428 mil pessoas trabalham na indústria de cannabis legal americana. Para colocar isso em perspectiva: há mais gente trabalhando com cannabis nos EUA do que bombeiros e duas vezes mais do que dentistas!

A nova indústria da cannabis se tornou um atrativo. As pessoas se sentem motivadas de poderem participar da construção desse mercado, além de contarem com ambientes de trabalho melhores e com um rápido crescimento.

Da mesma forma que aconteceu nos EUA, o mercado brasileiro de cannabis, ainda em construção, tem atraído pessoas que estão cansadas do mundo corporativo e que aceitam trabalhar por um propósito, mesmo com salários mais baixos. No entanto, vale lembrar que, o mercado de cannabis não são apenas flores. A falta de lei e o preconceito ainda existente fazem com que seja um setor extremamente desafiador. Por isso, não basta gostar da planta, é preciso estar disposto a encarar o desconforto que só um tema tão polêmico pode causar.

Passamos mais da metade da nossa vida adulta trabalhando. Tem gente que vê mais o chefe do que a própria família. Ao escolher um mercado para atuar deve-se considerar oportunidades, dificuldades e desafios, mas, principalmente, deve-se pautar por objetivos e propósitos individuais. Serão eles que ajudarão nos momentos difíceis. 

Se o seu objetivo for ao encontro com ajudar a sociedade, deixar um legado e auxiliar pessoas que precisam, a cannabis com certeza será uma ótima opção.

As opiniões veiculadas nesse artigo são pessoais e não correspondem, necessariamente, à posição do Sechat.

Sobre o autor:

Cintia Vernalha mora nos EUA, onde conheceu e se apaixonou pelo mercado de cannabis. Com mais de 15 anos trabalhando na área comercial de grandes corporações como Nestlé, Reckitt Benckiser e EMS, hoje une a sua paixão pela planta, a sua experiência executiva e a sua vivência em um dos maiores mercados de cannabis para assessorar empresas que desejam atuar ou melhorar seu posicionamento no Brasil.