Vendedores de maconha na Tailândia temem fracasso de seus negócios

Centenas de dispensários de cannabis surgiram na capital desde a descriminalização da planta, mas seus apoiadores temem que o governo reverta o progresso devido à falta de clareza na nova lei

Publicada em 21/12/2022

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Por Redação Sechat

O reino do Sudeste Asiático removeu partes da planta de maconha de sua lista de narcóticos em junho, permitindo, efetivamente, que a substância fosse legalizada, embora com falta de detalhes.

Pode ser uma mudança lucrativa para uma economia dependente do turismo atingida pela pandemia. A Universidade da Câmara de Comércio da Tailândia previu que o mercado pode  chegar a US$ 1,2 bilhão até 2025.

Mas a falta de regulamentos claros transformou a Tailândia em um mercado cinzento, os fornecedores temem que um dia tenham que fechar as portas. Ao contrário do Uruguai ou do Canadá, o uso recreativo de maconha continua proibido no reino conservador de maioria budista.

A empresa digital WEED.in.th registrou 1.750 lojas de cannabis com outras 450 aguardando autorização.

Jogos políticos

A descriminalização apressada atraiu aplausos e condenações, com muitos expressando preocupação com as áreas obscuras da lei. Da mesma forma, uma foto de um menor fumando maconha viralizou no início de dezembro e gerou um debate acalorado.

O governo recentemente endureceu algumas regras sobre o comércio de maconha, proibindo as vendas online, para menores de 20 anos e mulheres grávidas, enquanto o Parlamento tailandês continua a debater mais restrições.

A diretora regional do International Drug Policy Consortium alertou que a descriminalização na Tailândia foi feita sem a devida preparação.