Por redação Sechat

Pesquisadores da Universidade da Califórnia em San Diego realizaram um estudo para investigar o impacto a longo prazo do uso da cannabis na cognição de adultos mais velhos com HIV. Os cientistas descobriram que os participantes com histórico de uso ocasional apresentaram um desempenho cognitivo superior aos que nunca utilizaram a droga. A pesquisa, publicada na revista científica AIDS and Behavior, revelou dados importantes sobre a relação pouco estudada entre cannabis, cognição e HIV.

Ao observar a prevalência do uso da cannabis como tratamento para problemas de saúde, os pesquisadores concordaram que faltam estudos sobre o tema, especialmente entre populações idosas. 

A amostra da pesquisa envolveu consumidores frequentes da planta, que utilizavam maconha várias vezes por semana, consumidores ocasionais, que usavam uma vez por semana ou menos, e não usuários. Ao longo de 10 anos, a cognição dos participantes foi avaliada para examinar os efeitos do uso médio e recente da cannabis na cognição global, declínio cognitivo global e independência funcional.

Os resultados mostraram que os participantes com histórico de uso ocasional tiveram o melhor desempenho cognitivo, se comparados com os demais grupos. Para os pesquisadores, a descoberta é potencialmente importante, tendo em vista a maior vulnerabilidade dessa população ao comprometimento cognitivo. Além disso, o uso frequente da planta não foi relacionado ao pior desempenho durante o estudo.

Em resumo, a pesquisa realizada pela Universidade da Califórnia traz importantes informações sobre a relação entre o uso da cannabis, a cognição e o HIV em adultos mais velhos. Os pesquisadores destacam a necessidade de estudos mais aprofundados sobre o assunto para fornecer informações precisas sobre os possíveis efeitos e benefícios da cannabis na saúde de indivíduos vulneráveis, contudo, os resultados observados até o momento são promissores.