Por Leandro Maia

O canabidiol (CBD) pode ajudar a prevenir o glaucoma, doença ocular causada principalmente pela elevação da pressão intraocular que provoca lesões no nervo ótico. Segundo o Ministério da Saúde, a doença tem mais de 1 milhão de casos registrados no Brasil. Além disso, atinge cerca de 2% da população acima dos 40 anos e é responsável pela maioria dos casos de cegueira no país.

Ir ao oftalmologista não é a maior preocupação dos brasileiros, apenas três em cada dez vão ao oftalmologista.

Doenças como o diabetes podem ser um fator de risco para o glaucoma. Já que o CDB reduz a inflamação que pode causar o diabetes, consequentemente, pode ajudar a diminuir o risco de glaucoma associado ao diabetes, um dos principais fatores de riscos do glaucoma de ângulo aberto e o glaucoma neovascular.

Para explicar melhor a ação do canabidiol no controle da doença, é importante esclarecer que o processo inflamatório das duas condições causam a inflamação do olho, a morte das células da retina devido aos altos níveis de açúcar no sangue e o desenvolvimento de vasos sanguíneos disfuncionais no olho.

O uso da insulina também é um fator chave para o diabetes tipo 2 causado pela inflamação crônica proveniente da resistência da própria insulina.

Pesquisadores descobriram que as propriedades anti-inflamatórias do CBD tratam essa inflamação, melhora o metabolismo e o controle glicêmico do corpo.

A prova científica

Os estudos ao longo desses anos mostram que o óleo de CBD é uma forma segura e natural de reduzir a pressão arterial e controlar o estresse devido aos seus efeitos ansiolíticos e analgésicos.

Como o CBD atua como um vaso dilatador, permite que o sangue flua de forma mais livre, relaxando as células musculares lisas dentro dos vasos sanguíneo e promove o alívio da pressão sobre as artérias.

Muitas pessoas com glaucoma já utilizam a cannabis medicinal para ajudar a aliviar os sintomas.

Os dois principais canabinoide encontrados na planta, o tetrahidrocanabinol (THC) e o canabidiol (CBD), ambos são compostos que influenciam o sistema endocanabinoide (SEC) do corpo, mas têm efeitos muito diferentes.

Alguns estudos realizados na década de 1970 descobriram que fumar maconha pode de fato diminuir a PIO, fator de risco mais importante para o glaucoma e, com base em estudos epidemiológicos, a pressão intraocular normal varia de 10 mmHg a 21 mmHg nas populações europeias. Mas por uma duração curta de apenas três a quatro horas por vez.

A utilização de óleos de CBD para o glaucoma é muito diferente de fumar maconha.