Para o presidente da Associação Latino-Americana de Cânhamo, Lorenzo Rolim, o Brasil precisa separar o uso medicinal da cannabis de suas aplicações industriais

Em entrevista exclusiva, Rolim fala sobre o sucesso da Medical Cannabis Fair e do Congresso Brasileiro da Cannabis Medicinal, como o Brasil precisa enxergar o exemplo de outros países mais avançados no quesito industrial e ainda pontua sobre a import

Publicada em 13/05/2022

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Por João R. Negromonte

Na última semana, o Sechat organizou dois eventos de extrema importância para o cenário canábico nacional e internacional, a Medical Cannabis Fair (MCF) e o Congresso Brasileiro da Cannabis Medicinal (CBCM), que teve por usa vez, como um dos convidados para palestrar na mesa de agronegócio no dia 6 de maio, Lorenzo Rolim da Silva.

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Lorenzo, que também é um dos colunistas do portal, começou sua carreira com cannabis medicinal em 2015, enquanto estudava na University of California, na cidade de Davis, EUA, onde também trabalhou na indústria local da planta. Em 2016, tornou-se engenheiro agrônomo responsável pela Bedrocan Brasil, supervisionando todos os empreendimentos realizados pela empresa no Brasil e América do Sul. Depois de deixar a Bedrocan, Lorenzo tornou-se consultor independente e associado da Rhizo Sciences, empresa de consultoria para projetos de produção de cannabis medicinal e cânhamo industrial, participando de projetos na Austrália, Nova Zelândia, Lesoto, Zimbábue, Brasil, Uruguai, Colômbia e Chile. 

Atualmente, o engenheiro agrônomo é o presidente em exercício da Associação Latino-Americana de Cânhamo Industrial (LAIHA) e membro fundador e Diretor de Comunicações e Engajamento da Federação Internacional de Organizações do Cânhamo (FIHO). Ele também é o agrônomo responsável pela maior área de produção de cânhamo industrial da América Latina, localizada no Paraguai, onde já foram produzidos cerca de 4000 hectares desde 2019.

“Diferentemente da Colômbia e do Uruguai, que são outros exemplos de regulamentação do cânhamo na América Latina, o Brasil, quando chegar o momento de regulamentar os usos industriais dessa planta, deve olhar para o modelo adotado no Paraguai,” destaca o agrônomo.

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Lorenzo explica, que houve uma divisão entre o cânhamo industrial e a cannabis medicinal no país sul-americano: 

“As duas coisas praticamente não conversam entre si, lá (no Paraguai), o órgão responsável pelas aplicações industriais do cânhamo é o Ministério da Agricultura, isto é, a agência sanitária nem toma conhecimento sobre esse setor,” e continua, “Claro que ainda falamos com a polícia federal e com o Ministério da Saúde, mas é quase uma anuência, eles não opinam sobre o uso industrial e, quem tem a decisão final à respeito dessas aplicações da planta é o ministro da agricultura,” reforça Rolim. 

Ele comenta também sobre o “atraso” da legislação brasileira a respeito do uso do cânhamo (planta com THC, princípio ativo da cannabis, menor que 0,3%), uma vez que este pode ter uma incrível geração de emprego e renda com o plantio desta cultura.

Por isso, para aqueles que não tiveram a oportunidade de acompanhar o CBCM presencialmente, trouxemos algumas “pílulas de conhecimento” através de um bate papo bem descontraído com alguns de nossos palestrantes.

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Para assistir a entrevista completa com Lorenzo Rolim e ficar por dentro de todas as novidades do mercado nacional e internacional da cannabis medicinal e industrial, dê o play no vídeo abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=uMF2REKIa3c&t=23s

Para saber mais sobre a LAIHA acesse o link