Olimpíadas de Inverno 2022: Pista de luge e bobsled usam fibras de cânhamo em construção

Além da liberação do canabidiol pela WADA (Agência Mundial Antidopagem) em 2019 como substância permitida para atletas, agora é a vez do cânhamo aparecer nas olímpiadas como matéria-prima na construção de pistas

Publicada em 08/02/2022

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Por João R. Negromonte

Não é de agora que ouvimos falar sobre o uso do CBD, por exemplo, em atletas de alto rendimento que participam das olimpíadas. O componente que chamou a atenção das pessoas ao aparecer nas olimpíadas de Tóquio pela primeira vez em 2020, agora ganha destaque novamente ao voltar nas Olimpíadas de Inverno na China, mas dessa vez como matéria prima (fibras de cânhamo) na construção de pistas de competição.

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A empresa canadense de tecnologias de processamento de cânhamo, Greenfield Technologies Corp., pode aproveitar os Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim sabendo que mais de 27 toneladas de seu produto, o NForce-Fiber, reveste partes da pista de bobsled e luge, dois tipos de trenós usados para descer um tobogã a mais de 120km/h. 

Time norte-americano de bobsled, quando se vai sentado em um trenó de equipe (Foto: Pexels/Pixabay)

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O produto foi utilizado para reforçar o concreto e reduzir rachaduras na construção das pistas, o que segundo Stephen Christense, vice-presidente da empresa canadense em diálogo com o Journal of Commerce, foi uma sábia decisão, visto que o material foi capaz de oferecer um trilho mais uniforme e econômico, além de ser construído no menor tempo possível.  

E em relação à indústria da construção, Christense afirmou: “O mercado pode ser uma indústria conservadora e o concreto é dominado por alguns grandes players, então foi um desafio entrar neste meio. Testes de terceiros por empresas respeitáveis ​​ajudaram muito a ganhar essa aceitação.”

Através de um anúncio feito no início de fevereiro, a Greenfield Technologies explicou que sua divisão de produtos de cânhamo foi adquirida por um grupo de empresários com um histórico de sucesso na indústria da cannabis. Talvez por isso a promessa do cânhamo tenha sido alta o suficiente para atrair o interesse dos chineses.  

“É essencial que as empresas de cânhamo visem mercados de massa de alto valor e longe de commodities de baixo valor, para construir uma indústria de cânhamo de sucesso no mundo atual”, observa o anúncio.

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