Há um ano, a Suíça deu um passo na abordagem regulatória da cannabis, permitindo a compra legal para uso  adultos em locais específicos como farmácias, clubes sociais, associações sem fins lucrativos e pontos de venda dedicados. 

Segundo o jornalista português, Amílcar Correia, os testes-piloto suíços “não visam apenas apurar se o acesso legal à cannabis é melhor do que a proibição, mas também qual é o melhor tipo de acesso legal (com fins lucrativos, sem fins lucrativos, farmácias ou pontos de venda dedicados, etc.)”, publicou em uma rede social. 

Apesar das proibições existentes na legislação de drogas suíça que proíbem o cultivo, produção, importação ou venda da substância, uma alteração foi implementada visando explorar um modelo que pudesse estabelecer uma base científica sólida para decisões políticas futuras sobre a regulamentação do uso da cannabis.

O fundamento por trás dessa abordagem é tanto simples quanto pragmático: o consumo de cannabis é disseminado na Suíça, o mercado relacionado prospera, e a segurança dos usuários não está adequadamente garantida. 

Este movimento surge como um esforço para compreender melhor os impactos e as implicações da legalização da cannabis, abrindo caminho para decisões mais informadas e embasadas em evidências.

A legalização completa da cannabis na Suíça é projetada para ser concluída até 2031, marcando um avanço significativo em relação à postura anterior. 

A decisão pode influenciar outros países europeus 

Esse desenvolvimento também levanta a possibilidade de outros países europeus seguirem o mesmo caminho, à medida que a discussão sobre a cannabis recreativa ganha destaque na agenda política.

Em Portugal, no entanto, a abordagem do assunto foi temporariamente adiada devido à queda do governo, destacando as complexidades e as nuances envolvidas na tomada de decisões sobre a regulamentação da cannabis em diferentes contextos políticos.