Perspectivas sobre substâncias psicodélicas no tratamento da doença de alzheimer

Artigo com abordagen sobre uso de psicodélicos no tratamento da doença disponível na íntegra no 3º Guia Sechat da Cannabis.

Publicada em 23/11/2023

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Por Livia Gotto

O renascimento da ciência psicodélica abriu novos caminhos para o tratamento de várias condições de saúde mental. Essas substâncias são moléculas parecidas com a serotonina, mas que atuam no cérebro produzindo alteração de consciência. Estudos clínicos recentes, ainda com um número limitado de participantes mostraram resultados positivos no tratamento da depressão e da ansiedade terminal.

Uma das terapias que está mais próxima a ser aprovada com substância proibida pelo ato de controle de substâncias ilegais é o 3,4-metilenodioximetanfetamina (MDMA), mais conhecido como Êxtase, que tem previsão de aprovação para o tratamento de estresse pós-traumático 20241.

Ainda assim, a extensão na qual a terapia baseada em compostos psicodélicos pode ser aplicada apenas começou a ser desvendada. A doença de Alzheimer é a causa mais comum de demência, compreendendo cerca de 60-70% dos casos. A prevalência da doença de Alzheimer aumenta com a idade, ultrapassando 30%
de incidência em pessoas acima de 85 anos. Com o aumento da expectativa de vida teremos mais pessoas vivendo com essa condição.

Atualmente, mais de 55 milhões de pessoas têm demência em todo o mundo, sendo que mais de 60% delas vivem em países de baixa e média renda. A cada ano, surgem quase 10 milhões de novos casos.

Na doença de Alzheimer ocorre grave comprometimento na memória, fala, reconhecimento de objetos e funções executivas relacionadas ao processamento visuoespacial. No cérebro, ocorre o depósito de β-amiloide e o acúmulo de emaranhados neurofibrilares contendo a proteína Tau nos neurônios. Também há neuroinflamação e perda de integridade da rede neuronal, culminando em morte neuronal.

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