Pacientes de associação correm o risco de ficar sem o fornecimento do óleo

Segundo a associação, o óleo de Cannabis Medicinal fornecido pela Associação é vital para pacientes que lutam contra condições como câncer, epilepsia, dores crônicas, transtorno do espectro autista (TEA), fibromialgia, depressão e ansiedade

Publicada em 09/05/2024

capa
Compartilhe:
WhatsApp Image 2024-05-09 at 14.23.55.jpeg
A paciente Heleninha tem microcefalia e usa o óleo para controlar as convulsões | Foto: Assessoria Associação Alternativa

A Associação Alternativa, uma instituição dedicada ao fornecimento de óleo de Cannabis Medicinal, corre o risco de interromper o atendimento a cerca de 15 mil pacientes que atualmente têm acesso à terapia canabinoide por meio da associação. Segundo a Alternativa, um processo na 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de Garopaba busca interromper a produção de canabidiol da associação. A ação foi desencadeada após uma operação da Delegacia de Polícia de Repressão a Entorpecentes que investiga a atuação da associação e os produtos à base da planta medicinal.

Segundo a associação, o óleo de Cannabis Medicinal fornecido pela Associação é vital para pacientes que lutam contra condições como câncer, epilepsia, dores crônicas, transtorno do espectro autista (TEA), fibromialgia, depressão e ansiedade. "A interrupção do fornecimento deste óleo pode levar a um declínio significativo na qualidade de vida desses indivíduos e até mesmo colocar a vida de muitos pacientes em risco", afirma Sandro Pozza, Presidente da Associação.

Uma petição online foi lançada com a hashtag #AAlternativaNãoPodeParar, buscando reunir apoio para a continuidade dos serviços prestados pela Associação e o direito à saúde dos pacientes. "Cada assinatura representa um passo importante nessa luta crucial", afirma. 

Além de fornecer tratamento para milhares de pessoas, a Associação tem desempenhado um papel ativo na comunidade, beneficiando mais de 1000 pessoas e animais por meio de doações de óleos de Cannabis Medicinal. Andressa Dreyer, é uma paciente com fibromialgia, e faz tratamento com o óleo da associação. "Eu tenho Fibromialgia e sou atendida pela Associação há mais de um ano. Eu já tomei todos os remédios possíveis sem ter sucesso, ia para o hospital todos os dias fazer Morfina, então eu nem estaria mais viva se não fosse a Alternativa e o Canabidiol", conta em seu depoimento nas redes sociais.
 

WhatsApp Image 2024-05-09 at 14.06.21.jpeg
Projeto Mães da Maré | Foto: divulgação Assessoria Associação Alternativa



Em maio, a Drug Enforcement Administration (DEA) dos Estados Unidos reclassificou a cannabis, reconhecendo suas propriedades medicinais. Essa medida visou a redução de barreiras burocráticas, abrindo caminho para avanços significativos no campo da pesquisa futuramente.

Para assinar a petição pela continuidade dos serviços da Associação Alternativa, clique aqui.