Mariana Martins, de 28 anos, é biomédica, mora em Natal e lida há dois anos com o transtorno de personalidade borderline, que oscila suas crises de ansiedade, prejudicando seu sono, sendo esse o motivo pelo qual usa o óleo de CBD broad spectrum.

Antes do diagnóstico, Mariana já lidava com ansiedade e tinha dificuldades no sono, mesmo usando remédios controlados, o que favorecia os estresses diários. Em uma consulta de rotina com seu psiquiatra, o óleo de CBD foi escolhido para o tratamento, sendo a última opção.

Com cerca de dois meses, a paciente conta que o uso do novo medicamento foi uma virada de chave. "Quando comecei a usar, minha vida, meu sono melhorou mil por cento. Eu conseguia ter o sono, o sono que restaura, que você acorda outra pessoa. Então, mudou minha vida, por completo."

Até chegar ao CBD, Mariana usou por dois anos apenas remédios controlados, e as crises começaram a aparecer durante o segundo semestre do ano passado. Foi quando, em novembro de 2023, isso voltou a diminuir com a cannabis.

Além disso, apesar de ainda usar os outros remédios por orientação profissional para o desmame dos medicamentos corretamente, ela nota o diferencial na maconha. "A experiência foi ótima. Em comparação com os vários remédios que tomo para poder, digamos assim, estabilizar meu humor e toda a relação com a ansiedade e depressão, ele foi um dos que mais ajudou a equilibrar também."

Recentemente, Mariana notou pontos que o CBD oferece como qualidade de vida em seu tratamento, como os músculos mais relaxados e o bruxismo durante o sono menos evidente.

"Na hora do sono, o medicamento me descansa de um jeito que eu tinha músculos muito tensos e hoje em dia já estou mais relaxada por causa dele. Então, toda a tensão que eu tinha diminuiu em relação a isso. Eu tinha muito quadro de bruxismo devido à ansiedade também que diminuiu. E acordo bem, o que tenho que dizer é isso, acordo renovada. Acordo mais feliz, pronta para começar o dia e mais motivada também. Isso já é muita coisa para minha pessoa."

Os efeitos positivos não ficam somente no sono, pois, segundo Mariana, ela se torna mais presente, mais calma, e se adapta aos outros remédios, a tornando mais social e consciente devido ao seu transtorno.

No futuro, Mariana quer continuar seu tratamento apenas com cannabis, pois sente que está lidando bem e quer continuar assim.

"Eu quero continuar. Estou esperando o retorno do médico, pois já conversei com ele e disse estar me dando bem e que tinha até diminuído as crises e que eu queria continuar assim. Porque remédios controlados você não pode deixar de tomar de uma vez. Ele tem um processo de ser retirado. Não sei se conseguirei chegar nessa situação, mas eu gostaria muito de diminuir a quantidade de remédio que tomo para estar tomando apenas um."

A chegada do CBD

Segundo a paciente, seu conhecimento sobre o uso medicinal já era denso e, por conta disso, já havia conversado com o médico sobre o uso para lidar com a ansiedade, mas seria somente em último caso para testar os efeitos.

Quando o assunto chegou aos pais, Mariana contou um pouco dos conflitos internos sobre o uso do remédio. "Não conversamos muito sobre o assunto, eles (os pais) ainda tentam entender os efeitos positivos do remédio, de início não foi simples."

Ao iniciar o tratamento, o médico indicou comprar em associações da cidade pelo custo melhor e com mais milímetros em vez de farmácias.

"A associação ajuda muito. Os frascos que eu consigo duram uns dois, três meses. Isso é ótimo, porque em comparação aos outros remédios que tomo, duram menos. Não dura tanto tempo quanto dura o óleo. E assim, eu me sinto bem de não ficar tensa todos os dias", comentou Mariana.