Por Leandro Maia

No Dia da Consciência Negra, 20 de novembro, podemos refletir sobre como a cannabis chegou ao Brasil? A jornada da planta que hoje ajuda milhares de pacientes em todo mundo está ligada a um fato importante que merece ser lembrado por sua ligação com a história dos negros escravizados.

A origem da cannabis

A cannabis, originária do Planalto do Tibete, na Ásia Central, iniciou uma jornada que transcendeu continentes antes de chegar ao solo brasileiro. De acordo com relatos de pesquisadores, as sementes da planta foram trazidas ao Brasil em 1549, por meio dos negros escravizados. Uma história pouco conhecida, mas essencial para entendermos a relação ancestral da cannabis com a população afrodescendente.

Segundo documentos do Ministério das Relações Exteriores, as sementes foram transportadas de maneira peculiar, escondidas dentro de bonecas amarradas nas tangas dos africanos trazidos como escravos para o Brasil. Essa estratégia engenhosa foi o primeiro capítulo da ligação entre a cannabis e a diáspora africana no país.

A introdução da cannabis ao Brasil

Os negros escravizados desempenharam um papel fundamental na propagação da cannabis no território brasileiro. Suas práticas culturais, muitas vezes baseadas em tradições medicinais e científicas, descobertas para a incorporação da planta na realidade brasileira. A cannabis, inicialmente introduzida de forma discreta, tornou-se parte integrante das práticas cotidianas e rituais dos afrodescendentes.

Cannabis na Medicina: Uma Aliada Contemporânea

Hoje, a cannabis vem beneficiando milhares de pacientes não apenas no Brasil, mas em todo o mundo. Suas propriedades medicinais foram exploradas para tratar uma variedade de condições, desde dores crônicas até distúrbios neurológicos.

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No Brasil, a discussão em torno da legalização medicinal da cannabis tem ganhado destaque, e a comunidade afrodescendente desempenha um papel significativo nesse diálogo. A ancestralidade da planta, entrelaçada com a história dos negros no país, destaca a importância de uma abordagem inclusiva e equitativa na regulamentação e acesso à cannabis medicinal.