Câncer de esôfago é mais prevalente em homens e pode estar relacionado a tabagismo, alcoolismo e obesidade

Entenda como a cannabis pode auxiliar no tratamento dos pacientes oncológicos

Publicada em 18/04/2024

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O câncer de esôfago, oitavo tipo de câncer mais comum entre homens em todo o mundo, é um problema de saúde que atinge cerca de 11 mil pessoas anualmente no Brasil, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Pacientes tabagistas, etilistas ou com obesidade têm maior risco de desenvolver essa doença, que afeta o tecido do órgão que conecta a garganta ao estômago.

Embora seja mais raro, o adenocarcinoma (AC) está aumentando significativamente na população ocidental devido ao crescimento dos casos de obesidade e doença do refluxo gastroesofagiano. O consumo de bebidas muito quentes e condições genéticas específicas, como a tilose, também elevam o risco de desenvolvimento desse tipo de câncer.

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Segundo o Dr. Thiago Assunção, oncologista especializado em câncer de esôfago do Instituto Paulista de Cancerologia (IPC), os principais sintomas dessa neoplasia incluem dificuldade para engolir, dor retroesternal, sensação de obstrução na passagem do alimento, náuseas, vômitos e perda de apetite. “A perda de peso não intencional é outro sinal de alarme para esse tipo de câncer”, destaca.

Em caso de sintomas recorrentes, é necessário procurar ajuda médica. O diagnóstico é feito com base na história clínica, exames de imagem, endoscopia digestiva alta e biópsia, entre outros testes, conforme o caso.

O tratamento do câncer de esôfago depende do estágio da doença, da localização do tumor e do subtipo histológico. Pode incluir quimioterapia, radioterapia ou cirurgia. “Quanto mais precoce o diagnóstico, maiores as chances de cura”, ressalta Assunção.

Nos últimos anos, o tratamento com imunoterapia também demonstrou benefícios em termos de sobrevivência, tanto no cenário metastático quanto no cenário adjuvante pós-cirurgia.

Estudo sugere benefícios da cannabis no tratamento do câncer

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Uma pesquisa recente, publicada na revista científica Cancer Research, trouxe à tona uma possível relação promissora entre a cannabis e o tratamento do câncer. Cientistas analisaram dados de uma ampla variedade de fontes, desde estudos clínicos até relatos de pacientes, para entender a interação dos compostos ativos da cannabis, especialmente THC e CBD, com células cancerígenas e sintomas associados ao tratamento.

  • Pesquisadores analisaram dados de diversas fontes, incluindo estudos clínicos e relatos de pacientes, para entender a interação dos compostos ativos da cannabis, especialmente THC e CBD, com células cancerígenas e sintomas do tratamento.

     

  • As descobertas sugerem que a cannabis pode oferecer benefícios para pacientes oncológicos, aliviando efeitos colaterais como náuseas, vômitos, dor e perda de apetite durante a quimioterapia e radioterapia.

     

  • Alguns compostos da cannabis também podem inibir o crescimento e a disseminação de células cancerígenas em certos tipos de câncer.

Os resultados do estudo indicam que a cannabis pode oferecer benefícios significativos para pacientes oncológicos. Uma das principais descobertas foi a capacidade da planta de aliviar efeitos colaterais comuns da quimioterapia e da radioterapia, como náuseas, vômitos, dor e perda de apetite. Além disso, certos compostos da cannabis parecem ter potencial para inibir o crescimento e a disseminação de células cancerígenas em alguns tipos de câncer.

Apesar das descobertas promissoras, os pesquisadores destacam a necessidade de mais investigações para compreender melhor os mecanismos subjacentes e determinar práticas mais adequadas para o uso da cannabis no contexto do tratamento oncológico. Questões como dosagem, perfil genético do paciente e interações com outros medicamentos são aspectos que precisam ser analisados com a equipe multidisciplinar.