A Medicinal Genomics Corp. (MGC), pioneira em genética e tecnologia da cannabis, realizará nos dias 23 e 24 de setembro em Pasadena, na Califórnia, o quarto congresso CannMed. O principal nome, Raphael Mechoulam, será o líder da lista com mais de 50 palestrantes e apresentadores, que segundo o evento são "as maiores mentes da maconha".

Mechoulam, primeiro cientista a isolar os canabinoides, revelará a ciência e a química por trás de sua mais recente inovação, uma nova família de moléculas estáveis ​​de ácidos canabinoides, com uma potência demonstrada em comparação com os canabinoides já conhecidos e oferecendo efeitos terapêuticos potencialmente promissores.

Desde a descoberta do sistema humano de endocanabinoides, nos anos 60, e as quase seis décadas de trabalhos posteriores na identificação de fito-canabinoides complementares da cannabis, Mechoulam é reconhecido como o "pai da pesquisa sobre cannabis".

Além do discurso de abertura e anúncio de Mechoulam, esta quarta conferência anual da CannMed contará com líderes, cientistas, médicos e advogados de cannabis de todo o mundo que se reuniram para compartilhar os mais recentes avanços na terapêutica da cannabis.

O cientista disse à organização do evento que está ansioso para apresentar sua palestra, nessa que será "uma de minhas últimas viagens aos Estados Unidos".

"Existem muitas coisas ainda desconhecidas sobre a cannabis. A planta produz um grupo de compostos chamados ácidos canabinoides, que nunca foram investigados até recentemente porque não são estáveis, eles quebram. A grande indústria médica quer compostos puros totalmente já investigados e testados. Então, alguns anos atrás, decidimos ir além e estabilizar esses ácidos quimicamente, e agora é possível investigá-los", explicou o cientista.

"Espero mostrar que a cannabis e os canabinoides não são um pequeno projeto, um composto para cada doença, mas um largo campo de pesquisa. Nós precisamos de novos bons remédios. E a cannabis é um campo novo para novos remédios. Eu acredito que haverá muito trabalho na próxima década ou nas próximas duas décadas", espera o pesquisador.

Em maio, o portal Sechat entrevistou Raphael Mechoulam. Relembre a entrevista com o cientista.