Mais respaldo científico para a cannabis e o cânhamo

Estudo que parte de Universidade e do Hospital argentinos realizará o controle de qualidade e rastreabilidade das sementes das substâncias

Publicada em 17/10/2022

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Por Sofia Missiato

Os trabalhos desenvolvidos pela Universidade Nacional Arturo Jauretche e do Hospital El Cruce na Argentina têm como objetivo a geração de evidências científicas que apoiam o uso da cannabis como tratamento eficaz em diversas doenças, além de fornecer treinamentos  para a validação da eficácia da utilização  terapêutica. 

Os cientistas desempenharam um papel de liderança em outros valiosos precedentes ao longo do caminho que, lenta mas seguramente, leva ao uso da planta e à desestigmatização de seu uso. Silvia Kochen é a coordenadora científica e neurologista da base tecnológica Cannabis Conicet, lançada a partir da articulação com a universidade e o hospital  no país vizinho, para o controle de qualidade e rastreabilidade das sementes das substâncias de cânhamo e cannabis.

Segundo relatório apresentado em maio de 2022 pelo Ministério do Desenvolvimento Produtivo, já são mais de 50 nações que avançaram em algum tipo de legalização da cannabis para uso industrial e/ou medicinal. Enquanto em 2000 a produção global de cannabis medicinal era de apenas  1,4 tonelada, em 2019 essa soma chegou a 468 toneladas. De acordo com as previsões o crescimento deve seguir em alta, as projeções para 2024 indicam que o valor da produção global pode chegar a 42,7 bilhões de dólares.