Jogos Paralímpicos: Com CBD fora da lista antidoping, atletas brasileiros buscam o medicamento para auxiliar no rendimento

Os três medalhistas paralímpicos que estarão no Japão, Talisson Glock, Susana Schnarndorf e Roberto Alcalde são alguns dos atletas brasileiros que fazem uso da medicação

Publicada em 24/08/2021

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Curadoria e edição Sechat, com informações de hypeness e Pangaia CBD

Mais uma barreira do preconceito cai. A Agência Mundial Antidoping liberou a utilização de cannabis medicinal (CBD) por parte de atletas paralímpicos que vão disputar os jogos. Esta será a primeira vez que a substância está liberada para esse tipo de competição que teve seu início hoje.

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Os nadadores Talisson Glock, Susana Schnarndorf e Roberto Alcalde são alguns dos atletas brasileiros que fazem uso da medicação. Os três são medalhistas paralímpicos e estarão no Japão. 

Eu já conhecia o CBD há bastante tempo, mas nunca foi possível pensar nisso no Brasil porque me parecia algo muito distante e extremamente mistificado

Talisson Glock

Diz Talisson, de 26 anos. O atleta não era usuário da substância até a liberação ser autorizada. O CBD passou a ajudá-lo a controlar episódios de insônia. 

(Antes) Não era uma alternativa pelo difícil acesso, mas o fato da WADA liberar o óleo já mostra que eles tão de olho na ciência e querendo quebrar esse tabu, porque não tem como não olhar para os benefícios que o CBD pode trazer”, comemora.

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Alcade concorda e diz que o CBD o fez treinar melhor e diminuiu também as crises de ansiedade que ele tinha. “Tenho entregado o melhor que posso. Não tem a ver com ganho esportivo, questão muscular ou aumento de potência, mas sim com melhores condições gerais na vida, que me dão a tranquilidade de seguir a rotina de treinamentos equilibrando as coisas, dentro e fora das piscinas. Antes eu estava totalmente desregulado”, explica.

Já Susana, que tem Atrofia de Múltiplos Sistemas (AMS), conta que conheceu o canabidiol pela internet ao pesquisar sobre tratamentos não convencionais. Em 2014, ela foi convidada a participar de uma pesquisa sobre a utilização de CBD em baixas dosagens.

Quando as coisas começaram a mudar no Brasil e eu tive contato com o óleo de CBD em si, com as concentrações que eu realmente precisava, eu achei sensacional porque senti muita diferença. Mesmo que a minha doença não tenha melhorado, sinto que ela progride bem mais devagar, me dando um conforto geral em que durmo melhor, como melhor, me recupero melhor e não tenho mais ataques de ansiedade ou insônia”, conta a atleta. 

Progresso em conta gotas

“Mais do que levar saúde naturalmente para os pacientes com os óleos de qualidade, hoje parte do nosso trabalho também é informar de forma responsável o público. Vivemos na era das fake news e da desinformação, então é mais do que importante mostrar os benefícios do canabidiol contando experiências medicinais e terapêuticas de sucesso, como no caso dos nadadores brasileiros, que emprestam seus relatos para dar ainda mais força ao movimento”, explica Renan Miguel, 32 anos e CEO da Pangaia, empresa distribuidora de cannabis medicinal no Brasil e patrocinadora dos atletas.

Segundo o empresário, apesar de se tratar de um mercado novo e que ainda carece de muitas diretrizes regulatórias (além de maior compreensão médica sobre como receitar e controlar a posologia do produto), o segmento medicinal da cannabis tem um potencial imenso de crescimento para os próximos anos.

“Está aumentando o número de médicos brasileiros que procuram qualificação sobre canabidiol e nos procuram dispostos a ouvir sobre CBD e esclarecimentos sobre prescrição e pedidos para a Anvisa, que também só crescem a cada ano. Com as pessoas mais abertas para falar do assunto e com informação de qualidade, eu posso dizer que elas literalmente ‘viram a casaca’ e tornam-se ativistas quando realmente enxergam os benefícios do tratamento”, comenta, orgulhoso pelo envolvimento do seu negócio do ramo da saúde com o esporte. 

“As histórias destes atletas são importantes não só para a Pangaia, mas para o mercado como um todo. Está na hora de mostrar de vez a diferença que o CBD faz na vida destes pacientes e de suas famílias e, enquanto atletas de alto rendimento e com histórias incríveis no esporte, algo tão enraizado na cultura do brasileiro, por que não utilizar este canal de inspiração e apoio mútuo - assim como já é feito nos eventos esportivos internacionais – e ampliar a força da cannabis medicinal e da expressão das marcas?”, questiona, revelando sua verdadeira linha de chegada e o real espírito olímpico para quem trabalha com cannabis.

Ouvir que tiramos eles do fundo do poço ou que resgatamos a esperança em viver dias de mais qualidade, saúde e bem-estar é o nosso ouro.

Renan Miguel, CEO da Pangaia

Opinião do especialista

O uso de medicamentos à base de Cannabis por atletas paralímpicos.

O neurologista Renato Anghinah, CMO da HempMeds, empresa autorizada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância) a importar o CBD no mercado brasileiro sob prescrição médica, fala um pouco sobre os benefícios do uso do CBD para atletas.

Esta edição dos jogos paralímpicos certamente entrarão para história por diversas razões, mas uma em especial deverá mudar para sempre a vida de muitas pessoas com necessidades especiais , que nem esportistas são!


A questão é que esta edição será a primeira em que o uso de Canabidiol (CBD), uma substância proveniente da planta cannabis sativa, não será considerado doping . Na verdade o Canabidiol já saiu da lista proibida pela Wada (agência mundial anti-dopagem), desde 2018 , sendo esta a primeira edição dos jogos atingida porcentagem decisão.

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Se o Canabidiol já traz grandes benefícios a atletas olímpicos, como a diminuição da ansiedade antes das competições, melhora do sono é uma recuperação de algumas lesões de modo mais rápido, imaginem o quanto é benéfico para os atletas paralímpicos?


Somados aos benefícios acima, ainda podemos adicionar o alívio adores crônicas e da espasticidade, males com os quais muitos destes atletas precisam conviver. Estes benefícios, que ficam mais evidentes durante eventos gigantescos como este, podem ser estendidos a todos os portadores de necessidades especiais.


Bem vindos jogos paralímpicos! Bem vindo Canabidiol!

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