Israel aprova exportações de maconha medicinal

Publicada em 14/05/2020

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Israel aprovou nesta quarta-feira (13) as exportações de Cannabis medicinal, abrindo caminho para as vendas para o exterior. O governo espera arrecadar centenas de milhões de dólares em receita, de acordo com a Reuters.

"Este é um passo significativo para os exportadores e a indústria israelense, que permitirá a expansão das oportunidades de exportação e o aumento do emprego no campo", diz o ministro da economia, Eli Cohen.

Cohen aprovou as exportações mais de um ano depois que o gabinete apoiou uma nova lei para permitir a ação. O pedido de Cohen entra em vigor em 30 dias, permitindo que os exportadores solicitem uma licença do Ministério da Saúde.

Já existem mais de 10 fazendas e cinco fábricas em Israel que atendem aos padrões do Ministério da Saúde, e algumas empresas já chegaram a um acordo para vender maconha para a Europa ou o Canadá assim que as licenças estiverem disponíveis.

Dentro de Israel, o uso medicinal de maconha é permitido; o uso recreativo é ilegal, mas amplamente descriminalizado. O Ministério da Economia diz que cerca de 60.000 israelenses usam Cannabis medicinal, consumindo cerca de 25 toneladas por ano.

Muitos países europeus e estados dos EUA permitem o uso médico. Em 2018, o Canadá se tornou o primeiro país do G7 a legalizá-la para uso recreativo em todo o país.

As fazendas israelenses, que se beneficiam de um clima favorável e experiência em tecnologias médicas e agrícolas, estão entre os maiores produtores mundiais de Cannabis medicinal.

"Esperamos ver muitos investimentos acontecendo agora, porque os investidores aguardavam essa aprovação", afirma Hagit Weinstock, cofundador do escritório de advocacia Weinstock-Zehavi & Co e pioneiro na regulamentação da maconha em Israel.