Fazendas verticais na Coreia do Sul apostam em cannabis

A grande vantagem da nova tecnologia das fazendas verticais para indústrias como cosméticos e medicamentos é a capacidade de atender a rigorosos padrões de qualidade

Publicada em 17/03/2021

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Curadoria e edição de Sechat Conteúdo, com informações de Bloomberg (Heesu Lee)

Sobrecarregados, sobretudo, pela necessidade de garantir o abastecimento local de vegetais frescos durante a pandemia, algumas fazendas verticais estão agora se expandindo para outras áreas de alta margem. Algumas áreas que podem ser citadas são, por exemplo, a da cannabis medicinal, suplementos de saúde e cosméticos.

A startup sul-coreana Farm 8 Co. está entre uma proliferação de produtores urbanos internos que viram as vendas aumentarem durante a Covid-19. A princípio, o objetivo é aumentar as vendas em quase 50%, para 90 bilhões de won (79 milhões de dólares) este ano. Isso em parte pelo aumento da produção de plantas medicinais para cosméticos, como ginseng, centella asiatica e artemisia campestris, conforme disse o CEO Kang Dae Hyun. Em agosto, a empresa se juntou à primeira zona livre de regulamentação do país para cannabis medicinal, cultivo e processamento de cânhamo.

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O aumento do mercado de cannabis medicinal

“Há uma enorme demanda por cannabis medicinal e o mercado está crescendo rapidamente”, disse Kang em uma entrevista. “No momento, a maior parte de nossa produção é dedicada a verduras para salada. Mas, em última análise, aumentaremos a produção de plantas cosméticas e médicas para maximizar o lucro.”

Outras fazendas verticais também estão usando a tecnologia para atender à crescente demanda por um controle de qualidade rigoroso em aplicações médicas e cosméticas. Como, por exemplo, o International Cosmetics Science Center da Dinamarca, a Vertigo Farms da Polônia e a MedMen Enterprises, com sede na Califórnia.

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A Farm 8 Co. atualmente cultiva cerca de 1,2 toneladas de verduras por dia em menos de um acre (0,5 hectare) de terra, espalhados por locais em três cidades na Coreia do Sul, incluindo uma movimentada estação de metrô na capital sul-coreana.

Os benefícios das fazenda verticais

Esse é o mercado tradicional para fazendas verticais - entrega garantida de produtos frescos de qualidade controlada que precisam chegar ao consumidor rapidamente, independentemente do clima ou da estação. Essas vantagens foram enfatizadas à medida que interrupções no fornecimento e colheitas não confiáveis ​​empurraram os preços globais dos alimentos para um pico em fevereiro.

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“Você precisa da quantidade certa de tudo, desde água até luz, e o clima tem que ser perfeito, o que é cada vez mais difícil de prever”, disse Kang. “Começamos como uma empresa agrícola tradicional há 16 anos, mas aprendemos a incorporar tecnologia porque precisávamos nos proteger das mudanças climáticas.”

A agricultura vertical usa até 90% menos água e reduz as emissões causadas pela aração dos campos, capina, colheita e transporte, mas usa muito mais energia do que os métodos tradicionais, tornando-a inadequada para muitas culturas, como grãos.

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A legalização da cannabis na Coreia do Sul

A Coreia do Sul se tornou o primeiro país do Leste Asiático a legalizar a cannabis para uso médico em 2018 e, em agosto de 2020, o governo criou uma zona de livre comércio de cânhamo industrial na cidade de Andong, no sudeste, para desenvolver e extrair canabidiol para uso médico. A maconha continua ilegal para uso adulto no país.

A cannabis, é claro, tem sido cultivada ilegalmente em ambientes fechados em pequena e grande escala por décadas, e a legalização gradual da planta em alguns estados dos EUA levou a uma infinidade de fazendas verticais. Mas a grande vantagem da nova tecnologia para indústrias como cosméticos e medicamentos é a capacidade de atender a rigorosas medidas de qualidade.

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