ExpoCannabis atrai estrangeiros em sua 9° edição

Cerca de 20 mil pessoas marcaram presença no evento e, pelo menos metade, eram de outros países

Publicada em 07/12/2022

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Por João R. Negromonte

Nos dias 2, 3 e 4 de dezembro, aconteceu em Montevidéu, no Uruguai, a nona edição da ExpoCannabis, um dos principais eventos do segmento na América Latina, reunindo cerca de 20 mil pessoas, sendo mais da metade estrangeiros.

A exposição contou com uma agenda intensa, 15 workshops, quatro fóruns e 20 conferências de especialistas de dentro e fora do país, abordando temas  sobre alimentação, legislação e negócios da cannabis.

Além disso, cerca de 150 estandes de marcas de todo mundo com diferentes atividades e ofertas, apresentaram seus produtos e as oportunidades que o mercado pode oferecer. 

ExpoCannabis atrai estrangeiros (foto: Sechat)

Para os que buscaram diversão, o palco da ExpoCannabis 2022 foi um dos lugares prediletos do público, com transmissões de jogos da Copa do Mundo de Futebol  e apresentações de bandas e DJ ‘s que animaram a festa. Estima-se que 60% do público era estrangeiro e, como em edições anteriores, os brasileiros estavam presentes em peso.

Regulamentação Uruguaia

Em 2013, o Uruguai se tornou o primeiro país do mundo a legalizar e regulamentar a produção e o consumo de cannabis. O Projeto de Lei, impulsionado pelo ex-presidente José Mujica, se apresentava como uma alternativa para a "guerra às drogas” no país latino.

De lá para cá, a economia uruguaia já recebeu US$ 20 milhões com o comércio de cannabis, fomentando o surgimento de uma promissora indústria exportadora de maconha.

No momento, as exportações se concentram em flores para uso medicinal e têm como principais destinos Estados Unidos, Suíça, Alemanha, Portugal, Israel, Argentina e Brasil.

Segundo dados do portal Uruguay XXI, em 2020 dobraram as exportações em relação ao ano anterior, chegando a 7,3 milhões de dólares. Em 2021, a receita foi de 8,1 milhões de dólares e no primeiro semestre de 2022, de 4,4 milhões de dólares.

Apesar de ter sido pioneiro nessa indústria, o Uruguai ainda exporta menos do que outros concorrentes na América Latina, como Chile, que em 2020 faturou 59 milhões de dólares, Peru (US$ 40 milhões) e Colômbia (US$ 37 milhões), segundo um informe da Câmara de Comércio de Quito.