Estudo revela que CBD pode inibir o metabolismo da nicotina

De acordo com a nova pesquisa, a substância pode desacelerar o metabolismo da enzima da nicotina o que, segundo os pesquisadores, pode ajudar a conter o vício em tabaco

Publicada em 02/03/2023

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Redação Sechat com informações de High Times

Intitulado “Inibição do metabolismo da nicotina por canabidiol (CBD) e 7-hidroxicanabidiol (7-OH-CBD)”, o estudo realizado pela Washington State University (WSU) observou como os compostos da cannabis poderiam contribuir na redução do tabagismo.

Publicado originalmente na renomada revista Chemical Research Toxicology, em janeiro deste ano, o estudo utilizou tecido hepático humano e amostras de células para descobrir a ação do CBD (canabidiol)  contra a nicotina:

“O canabidiol inibiu uma enzima chave para o metabolismo da nicotina”, destacou a pesquisa. A desaceleração do metabolismo da principal enzima da nicotina pode ajudar os fumantes a esperar antes de precisarem inalar mais, de acordo com um comunicado de imprensa da WSU.

“Toda a missão é diminuir os danos causados ​​pelo fumo, que não são da nicotina em si, mas de todos os carcinógenos e outras substâncias químicas presentes na fumaça do tabaco”, disse Philip Lazarus, professor de ciências farmacêuticas da universidade. “Se pudermos minimizar esse dano, seria ótimo para a saúde humana”, reforçou

O estudo descobriu que o CBD desacelerou muitas enzimas da nicotina, incluindo a CYP2A6, que metaboliza mais de 70% da nicotina em fumantes. Os pesquisadores observaram também que o composto inibiu a atividade do CYP2A6 em 50%. “Em outras palavras, parece que você não precisa de muito CBD para ver o efeito”, disse o cientista.

Lazarus e sua equipe estão atualmente trabalhando em um estudo clínico para saber mais sobre como o CBD pode afetar a nicotina em fumantes, medindo os níveis de nicotina no sangue de um participante entre um período de seis a oito horas.

Eventualmente, a equipe espera expandir seus esforços de pesquisa para examinar também o vício em CBD e nicotina em uma escala maior. O estudo mais recente foi realizado com a ajuda de uma bolsa do Instituto Nacional de Saúde.