Por Valéria França

O movimento de queda das ações do mercado de Cannabis não esfriou o interesse dos investidores. Prova disso foi a agitação dos salões do Benzinga Cannabis Capital Conference, em Miami, nesta segunda-feira (24) e terça (25). O evento recebeu 980 pessoas.

O ingresso simples para os dois dias custava US$ 557. Já o VIP, que dava acesso ao café da manhã, onde os negócios são fechados mais facilmente, saía por US$ 997.

“A bolha já estourou. É um ciclo natural. Estamos no segundo momento da indústria da Cannabis”, disse Patrick Lane, 33, um dos proprietários do Benzinga. “No primeiro momento, em 2000, as pessoas investiram em empresas que não conheciam. Agora não é mais assim.”

Segundo ele, até 2019, as empresas escolheram “supervalorizar as ações e se esqueceram de operar os negócios, principalmente as do mercado canadense”. Algumas desapareceram, outras estão se ajustando e o mercado vai voltar a crescer em outros moldes.

Uma das palestras mais esperadas era a de Bruce Linton, fundador da Canopy Growth, que saiu da operação da empresa. O tom do discurso dele foi otimista, no sentido de que o mercado caminha para frente e para cima.

“Bruce é um homem muito inteligente. Ele tem a visão do homem de 2020. Ele sabe que os negócios são assim”, disse Lane. Há dez anos no mercado, o Benzinga é uma disrupção da Bloomberg, agência de notícias sobre negócios e mercado. A empresa tem 3 milhões de leitores por mês e 25 milhões por ano.