Ease Labs quer investir R$ 30 milhões em planta de cannabis medicinal em MG

Caso contrário, o investimento será feito no Uruguai, onde já é autorizado o pedido de licenças para a esse tipo de negócio

Publicada em 29/08/2019

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Com a inclusão da construção de um laboratório, Minas Gerais poderá receber investimentos de R$ 30 milhões na instalação de uma planta de produção controlada da cannabis sativa. No entanto, o aporte depende da regulamentação da cannabis medicinal no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que se decidirá nos próximos meses.

“Se a Anvisa regulamentar a produção de medicamentos à base de CBD no Brasil, é provável que a planta de cultivo e industrialização tenha sede na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Caso contrário, o investimento será feito no Uruguai, onde já é autorizado o pedido de licenças para a realização desse tipo de negócio”, explicou o CEO da Ease Labs, Gustavo de Lima Palhares, em entrevista ao Diário do Comércio.

Na semana passada, a agência concluiu a consulta pública de duas propostas que visam à regulamentação da planta no Brasil. A primeira trata do plantio para fins medicinais e científicos, e a segunda, do registro e monitoramento de medicamentos à base da planta.

“A Anvisa quer favorecer a produção nacional de terapias feitas à base de cannabis com garantia de qualidade e segurança, além de permitir a ampliação do acesso da população a medicamentos. As duas propostas de consultas públicas foram produzidas a partir de estudos e evidências científicas sobre o benefício terapêutico de medicamentos feitos à base da planta”

Neste momento, a agência fará a análise das contribuições e se for o caso, poderá promover debates com órgãos, entidades e aqueles que tenham manifestado interesse no assunto. Nesse sentido, de acordo com o CEO da Ease Labs, a expectativa é de que se tenha um resultado favorável nos próximos meses, o que viabilizará o investimento no Estado já em 2020.

“O mercado brasileiro possui grande potencial, pois precisa garantir a qualidade e segurança do medicamento que chega ao paciente. Hoje, embora seja autorizada a importação de medicamentos mediante laudo médico e termo de responsabilidade, não há análise dos produtos importados”, destaca, sendo o que Brasil poderá se tornar o terceiro maior mercado da substância no mundo.