Os coronavírus são uma grande família de vírus comuns em muitas espécies diferentes de animais. Em dezembro de 2019, houve a transmissão de um novo coronavírus (SARS-CoV-2). Este foi identificado em Wuhan, na China e, em seguida, disseminado e transmitido em todo o mundo. A covid-19 é o nome da doença causada pelo SARS-CoV-2, que apresenta um espectro clínico que varia de infecções assintomáticas até quadros graves. Alguns dos efeitos mais comuns da doença são febre, tosse, perda de paladar e do olfato, entre outros. Já os efeitos mais graves podem variar entre falta de ar, dores no peito e perda da mobilidade. O que pode levar o paciente a óbito em muitos casos.
Benefícios da cannabis para pacientes que tiveram covid-19
Cientistas do Dental College of Georgia (DCG) e do Medical College of Georgia demonstraram, no início de 2021, que o CBD tem a capacidade de melhorar os níveis de oxigênio e reduzir a inflamação e os danos físicos aos pulmões relacionados à Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA). O estudo mostrou os mecanismos por trás desses resultados, ao evidenciar que o CBD normaliza os níveis do peptídeo apelina, conhecido por reduzir a inflamação. Os níveis deste peptídeo são baixos durante uma infecção por coronavírus. Além disso, a cannabis medicinal pode ter efeitos positivos em alguns sintomas da doença, como dor de cabeça, problemas respiratórios e gástricos.
Outras pesquisas com cannabis para o vírus da covid-19
Um estudo recente conduzido por pesquisadores da Universidade Estadual de Oregon, nos EUA, e publicado no periódico científico Journal of Natural Products, encontrou um par de canabinoides na forma ácida (CBDA e CBGA), antecessores do CBD e CBG, ambos não psicoativos.
Segundo o autor do estudo, Richard van Breemen, os dois ácidos canabinoides são capazes de se ligar à proteína Spike. Esta responsável por impedir que o SARS-CoV-2 infecte células humanas. Em outras palavras, por ser essa proteína a principal porta de entrada do vírus nas células e, também, uma das maiores ameaças em variantes mais recentes, como a Ômicron, um medicamento que conseguisse se ligar a ela
seria de grande ajuda para o sistema imune do hospedeiro, de forma a impedir que ele desenvolva a covid-19.
De fato, a pandemia de covid-19 vem testando o mundo. O uso off-label, quando medicamentos ainda não aprovados, são prescritos por médicos que acreditam nesse tratamento, de terapias disponíveis, capazes de limitar a gravidade da doença, deve ser observado. Como o caso relatado acima, em que os canabinoides ajudam a reduzir as inflamações decorrentes da doença. No entanto, mais evidências serão necessárias para confirmar as atividades benéficas e transformar o canabidiol e, outros componentes da cannabis, em um complemento útil para o tratamento desta doença.