Delta-9-THCO e Delta-8-THCO não são cannabis, avalia o DEA

Para o Departamento de Administração e Repressão às Drogas dos EUA, os compostos são substâncias controladas e merecem atenção

Publicada em 14/02/2023

capa
Compartilhe:

Por redação Sechat com informações de HighTimes

No último dia 13 de fevereiro, a Drug Enforcement Administration (DEA) - órgão federal de segurança do Departamento de Justiça dos Estados Unidos - afirmou, por meio de e-mail enviado a um escritório de advocacia especializado no setor canábico, que o delta-9-THCO e delta-8-THCO são compostos sintéticos, não são encontrados na planta de cannabis e, portanto, são substâncias controladas.  

O escritório entrou em contato com o órgão federal para saber o status legal do éster de acetato de THC (THCO) sob a Lei de Substâncias Controladas (CSA). A resposta na íntegra foi a seguinte:

“As únicas substâncias das quais a Drug Enforcement Administration (DEA) está ciente do éster de acetato de THC são delta-9-THCO e delta-8-THCO”, disse Terrence L. Boos, chefe da Divisão de Controle de Desvio da Seção de Avaliação de Medicamentos e Produtos Químicos, que continua: “A Drug Enforcement Administration (DEA) revisou o CSA e seus regulamentos de implementação com relação ao status de controle dessas substâncias”.

Boos explicou que o CSA classifica “tetrahidrocanabinol”, ou THC, como “naturalmente contidos em uma planta do gênero cannabis, bem como equivalentes sintéticos das substâncias contidas na planta e/ou substâncias sintéticas, derivados, e seus isômeros com estrutura química e atividade farmacológica semelhantes às  substâncias presentes nela”.

Devido a esta definição, nem o delta-9-THCO nem o delta-8-THCO são considerados cannabis pela DEA. “Delta-9-THCO e delta-8-THCO não ocorrem naturalmente na planta e só podem ser obtidos sinteticamente e, portanto, não se enquadram nesta definição”, escreveu Boos.

Ele acrescentou que o delta-9-THCO e o delta-8-THCO têm “estruturas químicas e atividades farmacológicas semelhantes às contidas na planta de cannabis” e, portanto, atendem à definição de "tetrahidrocanabinol", que a agência classifica no Anexo I.