CBD e setembro amarelo: como a cannabis medicinal ajuda a salvar vidas

Conheça cinco relatos de pessoas que realizaram tratamento ou tiveram informações sobre o óleo de CBD no combate às doenças da saúde mental

Publicada em 27/09/2021

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Curadoria e edição Sechat, com informações de Pangaia

O dia 10 de setembro é oficialmente o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, mas ao longo de todo o mês diversas campanhas de conscientização são realizadas ao redor do mundo por iniciativas públicas e institucionais, que concentram esforços em único objetivo: o combate urgente aos altos registros de pessoas que ceifam a própria vida anualmente.

Em 2019, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma em cada 100 mortes teve o suicídio como causa – foram 700 mil pessoas, número superior a outros óbitos considerados corriqueiros, como os falecimentos por HIV ou homicídio, por exemplo. 

No Brasil, onde mais de 13 mil suicídios acontecem todos os anos, 96,8% dos casos registrados de acordo com a Associação Brasileira de Psiquiatria estão associados a um histórico de doenças mentais, que poderiam ser tratadas com estratégias humanizadas, redes de apoio e mais informações sobre os sinais de alerta para a população e os tratamentos medicinais adequados.

Cannabis medicinal e setembro amarelo

A importância de falar cada vez mais sobre o tema é ainda maior, porque, atualmente, o Brasil já possui opções, como o canabidiol, que podem ser extremamente úteis na luta contra uma série de patologias da saúde mental que podem levar ao suicídio.

Facilmente ingerido na forma de óleo, esse derivado da cannabis medicinal se tornou uma opção alternativa de tratamento eficaz, natural e administrado de forma segura – inclusive – se um paciente também fizer uso de outros métodos medicinais.

Com potencial de estimular e equilibrar todo o nosso sistema endocanabinoide (o maior do corpo humano e presente em todo o sistema neurológico, cardiovascular, circulatório, entre outros), o CBD pode ser terapêutico em variadas situações – como no reestabelecimento de neurotransmissores deficientes, limitados de prazer e causadores de depressão, por exemplo.

A cannabis medicinal pode ser um fundamental componente no enfrentamento não só da depressão, mas também no ajuste das funções do corpo que previnem ou tratam uma série de condições como a ansiedade, as dores crônicas, o estresse e o estafa, evitando que milhares de pessoas tirem a própria vida.

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Conheça cinco relatos de pessoas que realizaram tratamento ou tiveram informações sobre o óleo de CBD da Pangaia no combate às doenças da saúde mental:

Roberto Alcalde

Atleta da seleção brasileira paralímpica de natação e Paciente de Cannabis medicinal  (Foto: Reprodução/Pangaia)

Primeira vez que ouvi sobre CBD faz tempo, pois sempre acompanhei as informações que vinham lá de fora, principalmente, dos esportes de luta que eu acompanhava - e eu percebia que vários lutadores faziam uso do canabidiol e colhiam os benefícios disso.

Eu não identifiquei de primeira que essa era uma alternativa para mim, achei que não chegaria por aqui no Brasil tão cedo.

Quando o Tallison Glock, meu companheiro de treinos há muitos anos e que conheço bem a rotina, me indicou o uso de CBD, eu já vinha acompanhando os benefícios que ele vinha colhendo nos treinamentos. Por me conhecer bem e saber que sou ansioso, me incentivava a procurar esta ajuda, que poderia me ajudar sobretudo fora das piscinas, em questões psicológica, de insegurança.

Com o tempo, precisei começar um tratamento mais pesado com remédios convencionais e minha própria médica recomendou o uso do CBD simultâneo. Logo no início, eu já senti uma diferença, pois estava passando por uma fase de extrema ansiedade e, desde a primeira vez que tomei, foi quase que uma "dormência" da condição de ansioso. 

Até estranhei, porque não costumo sentir efeitos de medicação e achei tudo muito rápido, mas no decorrer dos treinos o que percebi foi que o que me incomodava na rotina de treinamentos não era algo tão pesado. 

Sigo tendo oscilações em menores quantidades e intensidades. Mas eu, que já fui até o fundo do poço, hoje consigo controlar a ansiedade para não voltar para lá. Me sinto aliviado, tenho treinador melhor e tenho mais pensamentos positivos.

Então, considerando minha experiência de atleta que carrega uma série de pressões, cobranças e cargas emocionais, o CBD me deixou muito mais concentrado e menos disperso no tempo, fazendo com que sempre eu dê meu melhor - e sempre que tive estes sentimentos obtive meus melhores resultados no esporte.

Eu acredito que em breve as pessoas vão aprender a diferenciar as coisas e passarão a ver o CBD não como uma coisa negativa e baseada em opinião preconceituosa, mas sim compreendida através de fatos reais e resultados concretos como os que eu tenho, porque está me ajudando muito.

Hoje já existe suporte suficiente para ter o óleo com facilidade, acompanhamento e tem sido muito mais fácil que imaginei realizar o tratamento. E até por não estar sozinho nessa, quando a WADA liberou o CBD nas competições paralímpicas foi uma porta enorme que se abriu para gente brigar contra o preconceito, porque assim podemos mostrar que é bobeira abrir mão de algo que nos faz bem, que é realidade e que nos ajuda a equilibrar a vida num geral, não só esportivamente.

Susana Schnarndorf

Atleta da seleção brasileira paralímpica de natação e Paciente de Cannabis medicinal  (Foto: Reprodução/Pangaia)

Meu primeiro contato com canabidiol foi pela internet. Como tenho uma doença degenerativa (AMS - Atrofia de Múltiplos Sistemas), eu ficava pesquisando tratamentos que não fossem os com remédios convencionais, que não proporcionavam a qualidade de vida que eu queria. 

Em 2014, então, fui convidada para participar de pesquisas com CBD em baixas dosagens, em comprimidos, que mesmo assim já me faziam sentir melhorias.

Quando as coisas começaram a mudar no Brasil e eu tive contato com o óleo de canabidiol em si, com as concentrações que eu realmente precisava, eu achei sensacional porque senti muita diferença.

Cada vez está mais tranquilo falar sobre CBD e isso me lembra que muita gente que sofria com dores desistiu sem tentar. Por isso é tão importante emprestarmos nossas vozes para abrir caminhos em que mais pessoas se tratem.

Mesmo que minha doença não tenha cura, eu sinto que ela progride bem mais devagar, que tenho um conforto geral em que durmo melhor, como melhor, me recupero melhor e não tenho mais ataques de ansiedade ou insônia.

Antes dormia no máximo duas horas, acordava irritava, com dores, não perdia peso - e o CBD quebrou esse ciclo de coisas negativas no meu organismo, interrompendo a bola de neve que estava virando as crises de depressão e suas consequências. 

O fato é que o canabidiol fez muito mais do que 100% de diferença para mim - eu divido a vida entre antes e depois do CBD. E se para mim e outros atletas de alto rendimento já virou essencial, nós somos provas e exemplos de que o óleo pode ajudar muitas pessoas mais. 

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André Pereira

Executivo e Paciente de Cannabis Medicinal
(Foto: Reprodução/Pangaia)

No final de 2020, eu passei por um episódio extremamente traumático. Minha esposa e eu ficamos presos dentro de um incêndio em nosso próprio apartamento e precisamos ser resgatados pelos vizinhos após muito pânico.

Felizmente, saímos sem sequelas físicas, mas o cenário de horror que vivemos, nosso lar destruído e todos os momentos posteriores ao acidente me levaram a inúmeras noites em claro e diversas crises de ansiedade ao longo dos dias. 

Quando procurei orientação médica e recebi o diagnóstico de Transtorno de Estresse Pós-traumático, pesquisei sobre o que se tratava e fiquei sem chão e desesperado, pois minha condição poderia ser eterna.

Sabendo possíveis tratamentos com tarja preta poderiam ser receitados, eu decidir buscar uma alternativa natural, pois já era próximo do pessoal da Pangaia, conhecia os benefícios do canabidiol e eles me disseram que o óleo de CBD era indicado, entre outras tantas patologias e condições, também para o meu caso.

Desde que iniciei o tratamento com canabidiol há 11 meses, eu senti que minhas crises cessaram aos poucos e estão controladas desde fevereiro.

Além disso, esse resgate da qualidade de vida me levou a uma série de outras mudanças na minha rotina, entre elas, mudanças profissionais, que me levaram novamente a Pangaia não só como paciente, mas como alguém engajado em dar ainda mais voz aos benefícios da cannabis medicinal -  para que mais e mais pessoas possam sentir o alívio que senti.

Desde então, conheci muita gente que passou por várias dificuldades, mas que graças ao CBD encontrou novo sentido de uma forma natural, superando seus traumas, dores e outras tantas patologias.

André Cortinas

Farmacêutico e Paciente de Cannabis medicinal
(Foto: Reprodução/Pangaia)

Nos últimos 2 anos, eu tive muitas crises de ansiedade por diversos motivos e, de alguma forma, isso se desenvolveu em constantes ataques de pânico.

Em um dos meus ataques, o médico me receitou uma série de medicamentos tarja preta e, como eu sou farmacêutico e conheço o mal que este tipo de medicação faz, resolvi não tomar.

Preferi então realizar uma série de modificações na minha rotina e em vários setores da minha vida. E confesso que foi difícil...

Mas foi assim que conheci o Yoga e passei a me tratar com o óleo de canabidiol e, desde o início do tratamento, parece que minha vida ficou mais fácil.

Eu não tive mais crises de ansiedade, estou me alimentando melhor, estou dormindo bem e mais de 8 horas por dia em perfeitas condições – insônia? Nunca mais.

O próprio Yoga parece que fluiu melhor, eu consegui me concentrar, relaxar, me entregar e baixar minhas barreiras - e o CBD tem me ajudado muito neste processo todo.

A palavra que eu usaria para dizer como o CBD é essencial na minha cura e na melhora das minhas crises de pânico e ansiedade é gratidão! Eu espero usar sempre que for necessário para uma vida com mais qualidade!

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Depoimento de F* Oliveira 

Há 9 anos, eu perdi um grande amigo. E durante muito tempo senti a culpa por não ter me atentado aos sinais de que algo não andava bem com ele.

Isto porque foram meses em que ele relatava quase que diariamente o desgaste mental e físico que vinha sofrendo, sobretudo, no trabalho. 

Os enredos de assédio moral, de aumento de carga de trabalho, de competitividade tóxica, de falsas promessas de melhor remuneração eram constantes e, em algum momento, acredito que desencadearam no meu amigo uma série de transtornos, que o levou aos poucos a uma depressão profunda.

Naquele momento, eu havia me mudado para fora do Brasil. Essa distância natural ficou ainda mais acentuada pelo próprio distanciamento que o meu amigo se impôs com seu sofrimento. Foram muitos dias sem notícias e, quando os familiares o encontraram, ele já havia ceifado a própria vida.

Na época, eu nunca tinha ouvido falar sobre Burnout, essa síndrome do esgotamento mental e profissional que, hoje, é tão comentada por aí. Também não sabia em 2012 sobre as propriedades ansiolíticas e antidepressivas e os benefícios do canabidiol para essa e outras tantas condições – porque, caso eu soubesse, eu poderia ter ajudado meu amigo de uma maneira diferente.

Estou voltando para o Brasil em breve após este momento de Pandemia e, atualmente, quem atravessa por uma fase difícil de controle da depressão e da estafa mental sou eu.  Felizmente, é bom saber que eu poderei ter essa opção em meu país para realizar um tratamento natural e que me permita me encontrar novamente.

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