Médicos

Cannabis medicinal e a voz dos médicos nos conselhos de classe

Por João Negromonte

Em um recente debate transmitido ao vivo, a questão da participação ativa dos médicos nos conselhos de classe veio à tona. O advogado Leonardo Navarro provocou discussões ao apontar que muitos médicos parecem expressar insatisfação, mas resistem em se envolver nos conselhos que regem suas profissões. 

Navarro destacou que a voz dos médicos nos conselhos de classe é fundamental para moldar políticas que impactam diretamente a prática médica e a saúde da população. “Médicos reclamam, mas não querem participar do conselho. É crucial entender que a mudança real só pode ser alcançada quando os profissionais estão dispostos a se engajar ativamente nas discussões e decisões que afetam seu campo de atuação”, afirmou o advogado.

Um tema de destaque na conversa foi a propaganda médica, questão sensível e controversa entre a classe quando o assunto é a promoção do uso medicinal da cannabis.

Assista a live completa:

Veja a fala do advogado sobre a importância da participação médica nos conselhos de classe a partir do minuto 58′

O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) tem sido pioneiro ao abraçar essa discussão. Nas eleições ocorridas no último dia 15, que elegeu novos conselheiros para a entidade, a chapa 2 (Novo Cremesp), apesar de ter ficado em segundo lugar nas votações, tinha como uma de suas pautas o fomento a pesquisa e prescrição dos derivados da cannabis como ferramenta terapêutica. 

A participação desses médicos nas eleições do Cremesp ressalta a importância de uma representação diversificada e informada para explorar os benefícios e riscos dessa abordagem alternativa.

O debate levanta uma questão fundamental para a comunidade médica: como os médicos podem efetivamente reivindicar melhorias e direcionar o rumo de sua profissão? A resposta parece residir na participação ativa e informada nos conselhos de classe, nas eleições dos conselhos regionais e nas discussões sobre tópicos prementes, como o uso medicinal da cannabis. Através do engajamento coletivo, os médicos têm a oportunidade de moldar um futuro mais responsivo, inclusivo e eficaz para a prática médica e para o bem-estar dos pacientes.

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