Por João R. Negromonte

Defensores da terapia assistida por psilocibina no Canadá estão dando um passo à frente com uma petição que pede a legalização do uso médico da substância. A solicitação online, lançada em março de 2022, precisa de pelo menos 500 assinaturas de residentes canadenses e de um membro do Parlamento para ser apresentada na Câmara dos Comuns.

Os defensores argumentam que a psilocibina pode ajudar a tratar várias condições, como ansiedade, depressão, Transtorno do Estresse Pós-Traumático (TEPT), dentre outras, melhorando a qualidade de vida dos pacientes. 

A petição destaca que a psilocibina tem um baixo potencial de danos e que é antiético negar aos pacientes o acesso a um tratamento comparativamente seguro, enquanto permite o direito de optar pela assistência médica ao fim da vida.

Enquanto a petição aguarda aprovação, casos como o de Thomas Hartle continuam a mostrar a necessidade da terapia assistida por psilocibina. Hartle foi a primeira pessoa no Canadá a receber permissão para uso médico da substância para tratar sua ansiedade, mas sua permissão expirou em outubro de 2021. Apesar de solicitar uma nova autorização, Hartle foi negado acesso à psilocibina pela Health Canada, o que tem gerado críticas da comunidade psicodélica.

A Apex Labs, empresa farmacêutica especializada em tratamentos com psilocibina para veteranos militares, anunciou em novembro de 2022 que conduzirá o primeiro ensaio clínico de psilocibina multidose na América do Norte. Enquanto isso, dispensários surgiram no Canadá, apesar da substância ainda ser ilegal.

O debate sobre a legalização da terapia assistida por psilocibina continua a crescer, e com ele, a esperança é de que os benefícios da substância possam chegar a mais pessoas que lutam contra problemas de saúde mental e emocionais.