Por redação Sechat
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma realidade que afeta milhões de pessoas em todo o mundo e, por isso, a necessidade por novos medicamentos que possam ajudar com os desafios sociais e comportamentais é imensa.
Recentemente, o composto canabidivarina (CBDV), encontrado no cânhamo e na cannabis, tem mostrado grande promessa em modelos animais pré-clínicos de TEA.
Em um modelo de rato com autismo, foi constatado que o composto proporciona melhor sociabilidade, memória de curto prazo e redução de movimentos repetitivos e autolimpeza compulsiva. Além disso, altas doses de CBDV restauraram a sinalização cerebral.
Em outro experimento, pesquisadores exploraram os efeitos do CBDV no cérebro de adultos com e sem o TEA e descobriram que o composto pode afetar os níveis de glutamato, sugerindo um potencial tratamento clínico para o transtorno.
O composto vem sendo testado também em crianças, com idades entre 5 e 18 anos. Os resultados revelaram que a substância pode ajudar na melhora da sociabilidade, coordenação motora e memória de curto prazo, ao mesmo tempo em que reduz a irritabilidade e os movimentos repetitivos.
Ainda é muito cedo para ter conclusões sobre os efeitos dessa substância no corpo humano, contudo, o CBDV vem demonstrando sua capacidade em tratar convulsões, distrofia muscular e o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).