Brasileiro busca parceria com Embrapa para pesquisar canabidiol em aves e suínos

Com produção de cannabis no Uruguai, empresário acredita que o derivado da planta pode ser utilizado na medicina veterinária substituindo alguns medicamentos como os antibióticos

Publicada em 22/02/2023

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Por redação Sechat

O empresário brasileiro Edinaldo Pereira dos Santos, sócio fundador da empresa Bio-Sano Tecnologia em Saúde Animal, quer revolucionar o mercado nacional utilizando canabidiol (CBD) - derivado da cannabis - em aves e suínos. Por isso, já iniciou conversas com pesquisadores da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), e aguarda que avanços levem a uma parceria de pesquisa. 

No final da última semana, Santos apresentou à unidade Suínos e Aves da Embrapa, em Concórdia (SC), um plano de trabalho para validação do uso do composto nas espécies de animais. Ele acredita que o canabidiol possa ser utilizado na medicina veterinária, substituindo alguns medicamentos como os antibióticos.

“Os ensaios, os estudos clínicos, são para aves adultas, e somente depois as de posturas e pintinhos”, diz Santos em entrevista ao portal MSN. A parceria entre a  Bio-Sano e Embrapa, servirá para estudos de campo, pesquisa, validação e registro do CBD para animais junto aos órgãos reguladores. 

Segundo os dados do relatório “Cannabis no Mercado Pet”, da empresa Kaya Mind, ao todo existem 36 empresas que fabricam este tipo de mercadoria em quatro países diferentes, sendo 16 delas voltadas exclusivamente para o mundo animal, isto é, 44% do total. As outras 20 marcas que compõem este grupo, dispõe de produtos para humanos, além claro dos destinados para os bichinhos,  representando os outros 56%. 

Ainda segundo o relatório, somente o mercado de medicamentos à base de cannabis para pets poderia movimentar R$1,45 bilhão, caso houvesse uma regulamentação adequada no Brasil. 

Regulamentação no Brasil

Desde 2021, o Brasil está em curso com o Projeto de Lei (PL) nº 369/2021, que prevê a regulamentação do uso veterinário da cannabis, bem como sua pesquisa, estudos e comercialização no país. 

O portal Sechat entrou em contato com a Embrapa para entender o posicionamento do órgão, mas até o momento não obtivemos respostas.