Bolsonaro defende Barra Torres para presidente da Anvisa: “ajudou contra o plantio de maconha”

Presidente disse que não é contra o tratamento via canabidiol, "mas não da forma como queriam fazer por lá", na Anvisa

Publicada em 16/01/2020

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Ao final de 2020, Jair Bolsonaro terá feito 23 indicações nas agências reguladoras federais. Uma delas já foi feita e é a do almirante Antonio Barra Torres para presidir a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O nome dele, no entanto, ainda precisa passar por sabatina no Senado.

Barra Torres assumiu uma das cinco diretorias da Anvisa durante o processo de regulamentação da Cannabis medicinal pelo órgão. Médico e militar da Marinha, ele votou a favor da resolução sobre a venda de produtos à base da planta no Brasil em farmácias, mas contra o plantio em solo nacional. O voto dele foi seguido por outros dois diretores, e a proposta foi rejeitada.

O governo federal é contra o cultivo de Cannabis no país, mesmo que para fins exclusivos de saúde e pesquisa. Em entrevista à imprensa nesta quinta-feira, Bolsonaro disse que não é contra o tratamento via canabidiol: “mas não da forma como queriam fazer por lá”, se referindo ao cultivo.

“Então, ele (Torres) ajudou e muito, de modo que o placar final foi três a um contra o que podia ser o plantio de maconha no Brasil”, argumentou o presidente.

"Tenho conversado com alguns integrantes da atual agência, está sendo muito boa a conversa, em especial a Anvisa, e, lógico, as 20 e poucas indicações deste ano seguirão o critério técnico", prometeu.

Antônio Barra Torres é médico formado pela Escola de Medicina da Fundação Técnico-Educacional Souza Marques (Rio de Janeiro). Ele fez residência médica em Cirurgia Vascular no Hospital Naval Marcílio Dias. Torres também fez curso de gestão em saúde no Instituto Coppead de Pós-Graduação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

A Anvisa é dirigida por uma Diretoria Colegiada composta por cinco integrantes. Por lei, os mandatos têm duração de três anos, podendo haver uma recondução. Dentre os cinco, um é designado por decreto presidencial para exercer o posto de diretor-presidente. As decisões são tomadas em sistema de colegiado, por maioria simples.

Com informações do Correio Braziliense