Biotecnologia pesquisa maconha

Publicada em 22/05/2019

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O segmento da biotecnologia movimenta por ano cerca de 160 bilhões de dólares ou 640 bilhões de reais. É muito dinheiro! Agora, a biotecnologia quer entrar na indústria canábica e acredita que é possível reproduzir os efeitos do vegetal no organismo humano em laboratório e com produtos sintéticos.

A corrida para fabricar canabinóides em microorganismos está em aberto. Uma dúzia de empresas de biologia sintética, incluindo as maiores como Amyris, a Ginkgo Bioworks, a Hysaynth, a Farmako e a Intrexon, dizem que estão transferindo os genes da cannabis para bactérias, algas ou fermentando em levedura (fungos). Este ano, biólogos da Universidade da Califórnia, em Berkeley, instalaram as etapas críticas da receita de canabinóides em células de fungos e estão remetendo relatórios mensais para a mais importante revista de ciência do mundo, a Nature.

Suprimentos baratos e puros de canabinóides podem levar a novos tipos de remédios e “produtos de bem-estar e também se forem adicionados a coisas como refrigerantes, biscoitos e líquidos”, disse em nota Jason Kelly, CEO da Gingko Bioworks, uma empresa de Boston que desenvolve fungos para fabricar produtos químicos. Segundo a empresa, “já está claro que o mercado de maconha terá necessidade de suprimento de oferta e que a biologia sintética é uma ótima opção e vai ser um negócio."