Bebê tratada com Cannabis no útero da mãe tem alta da UTI

Brisa Flor foi tratada com CBD e THC ainda no ventre da mãe

Publicada em 19/02/2020

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Por Caroline Apple

Após um mês de luta na UTI (Unidade de Terapia-Intensiva), a pequena Brisa Flor está em casa com a família. Ainda na barriga da mãe, Brisa desenvolveu uma malformação grave dos pulmões e foi tratada com óleo à base de Cannabis.

O feto desenvolveu uma MAC/3 (Malformação Adenomatoide Cística de grau 3). O obstetra, na época, disse que o feto não chegaria aos 7 meses.

Diante desse quadro extremo, a família recorreu ao óleo à base de Cannabis, então a pequena não só chegou aos sete meses, como nasceu, apresenta um quadro de saúde estável e, após um mês, saiu da UTI e está em casa.

"Foi um período que enfrentamos muito preconceito, dificuldades. Crianças morriam o tempo todo na UTI. Temiamos que a Brisa pudesse ser a próxima. Passamos por vários exames para descartar todos os tipos de doenças que os médicos levantavam. Porém, Brisa está bem. Só tem uma massa morta no pulmão esquerdo, como cistos mortos, então continuaremos o tratamento com Cannabis", afirma o pai de Brisa, Maxi Queiroz, ao Sechat.

Entenda o caso

A família, que vive em Penedo, no interior de Alagoas, decidiu abandonar a medicina tradicional e buscar tratamento com óleos de Cannabis. Dois anos antes, Maxi havia curado um linfoma no testículo utilizando maconha como parte da medicação. Então, acreditou que a planta pudesse fazer o mesmo para a filha.

A gestante Eline Santos passou então a usar um óleo de THC 10%. Depois, um médico especialista em medicina canabinoide receitou um CBD 2% e, posteriormente, um CBD 5×1.

Em dezembro, foi feita uma nova ultrassonografia, quando foi constatado que a MAC/3 desapareceu, deixando apenas uma sequela: um pulmão menor do que o outro, segundo Maxi.

“Porém, todos os cistos que existiam nos pulmões desapareceram. Os cistos que tinham no fígado também sumiram e o fígado voltou ao tamanho normal, afastando a hipótese de morte pós-nascimento”, afirmou o pai.

Laudo que indicava a MEC

Ecografia que mostrava o "sumiço" da doença