Uma investigação recente realizada pela Universidade da Califórnia em São Francisco (UCSF) trouxe à tona uma preocupação crucial e muitas vezes negligenciada sobre o impacto do uso diário de maconha na saúde cardiovascular. Este estudo, publicado no renomado Journal of the American Heart Association, mergulhou fundo nos dados dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), analisando mais de 434 mil indivíduos para compreender melhor a relação entre o consumo de cannabis e os eventos cardíacos adversos.

Os resultados são inquietantes. Descobriu-se que os usuários diários de maconha enfrentam um risco aumentado de 25% para ataques cardíacos e um risco elevado de 42% para AVCs. Esses números lançam uma nova luz sobre os perigos potenciais do uso contínuo da substância.

Abra Jeffers, co-autora do estudo, compartilhou sua reação às descobertas, comparando o impacto do uso de maconha ao tabagismo tradicional. Sua mensagem é clara: “a maconha não é inofensiva, e até mesmo o consumo ocasional pode aumentar os riscos cardiovasculares”, revela Jeffers.

A faixa etária dos usuários diários de maconha é particularmente preocupante, com o maior segmento compreendendo indivíduos entre 18 e 34 anos. Robert Page, presidente da American Heart Association, expressou sua inquietação com esse grupo demográfico, observando que muitos jovens podem se sentir invencíveis e ignorar os riscos para a saúde do coração.

Mas o estudo não se limita apenas aos fumantes de maconha. Embora tenha analisado principalmente esse grupo, é importante reconhecer que outros métodos de consumo, como os comestíveis, também podem representar uma ameaça à saúde cardiovascular. A falta de dados abrangentes sobre esses métodos, no entanto, torna ainda mais urgente a necessidade de pesquisa adicional nessa área.

Assim, é imperativo que o público em geral busque seu profissional médico para se manter informado, afinal, a saúde cardiovascular, assim como todos os sistemas do corpo humano, carece de atenção e cuidados.

Informações: Folha de Pernambuco